Há menos de dois meses morreram cinco artistas jamaicanos: Noel
Bailey (guitarrista do Roots Radics), Joseph Bennett (vocal e
percursionista do The Jolly Boys), Uziah Thompson ou Sticky,
(percursionista), Hopeton Lewis (ex-vocalista do Byron Lee And The
Dragonaires) e, nesta terça-feira (16) mais um dos grandes se foi: o
lendário cantor Jackie Bernard (vocalista do The Kingstionians). A vida
de Jackie Bernard não estava fácil financeiramente e dependia
diretamente da ajuda dos poucos amigos e fãs espalhados pelo mundo.
Recentemente, inclusive, havia sido criada uma página chamada “Jackie
Bernard Foundation” onde, através de uma conta, era possível depositar
dinheiro para as despesas do artista com hospital, casa e alimentação.
Mesmo com a rotina difícil e sofrida na Jamaica, Jackie Bernard
retornou aos palcos em 2011, após duas décadas distante de shows, a
convite do grupo Jurassic Sound System. O artista se apresentou em São
Paulo e Belo Horizonte com um show histórico e comovente, onde não
faltaram seus principais sucessos, “Singer Man”, “Sufferer”, “Can’t
Wine”, “Winey, Winey”, “Another Scorcher” e “Hold Down”, entre muitos
outros.
A carreira de Jackie Bernard entrou em declínio com a ascensão do
reggae digital e do dancehall nos anos 80 e, assim como muitos
jamaicanos, ficou esquecido pela mídia. Deprimido, sem oportunidade de
emprego, redeu-se ao álcool e passou a depender da ajuda de poucos
amigos. Havia a possibilidade de retorno do cantor ao Brasil ainda este
ano e, segundo Jurássico (integrante da Jurassic Sound System), ele
estava bastante animado para subir aos palcos novamente. Segundo
informações divulgadas nos sites, Jackie morreu em um hospital público
da Jamaica, vítima de pneumonia.
DJ Waldiney
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